Grupo De Jovens Surdos De Londrina É Destaque Em Jornal Da Arquidiocese
Veja o destaque que a Arquidiocese de Londrina através do JC (Jornal da Comunidade) deste mês deu ao grupo de jovens surdos:
O PIOR SURDO É AQUELE QUE NÃO QUER VER
“Os olhos dos surdos são os ouvidos; e a mão é a boca que fala”
“Quem tem ouvidos ouça”. Frequentemente Jesus dizia esta frase a seus apóstolos e discípulos ou nos momentos em que finalizava alguma pregação. Era um alerta para que o povo escutasse a Palavra de Deus. Hoje, até mesmo quem não tem condições físicas de ouvir pode escutar Cristo. Dizem que o pior surdo é aquele que não quer ouvir. Pois os surdos de Londrina tanto querem que, no início de maio, comemoraram um ano da fundação do primeiro grupo de jovens da cidade. Uma missa especial celebrou também o dia das mães.
Embora não percebam o munda da mesma maneira que os ouvintes, os surdos tem anseios e sonhos semelhantes. “Queremos construir uma família, fazer uma faculdade, ter união com os amigos e ser perseverante na Palavra de Deus” conta o surdo Douglas Komar Silva, 17 anos, um dos líderes do grupo. Foi este o desejo deles ao começarem a se reunir em oração, todos os sábados.”Os surdos foram reunidos para que pudessem ficar sempre pertos da Palavra de Deus. Isto é próprio da juventude” , ressalta.
O grupo teve início no dia das mães de 2010, quando alguns familiares dos surdos incentivaram os jovens seminaristas a criar um espaço de oração para os seus filhos. “As famílias pedem. Não temos só católicos. Tem gente evangélica, espírita e de outras denominações religiosas”, explica o seminarista Flávio Francisco de Araújo. De acordo com ele, as mães incentivam a participação dos filhos por que percebem que eles gostam de participar das formações e missas promovidas pela Pequena Missão para Surdos. Esta é a avaliação do padre Nirceu Keri: “Não existem barreiras para quem ama Jesus, para quem acredita neste processo de caminhada na inclusão da sociedade, avalia. Para celebrar o primeiro ano do grupo, os adolescentes do grupo MUSA da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, foram convidados a tocar. Isso mesmo. O grupo foi animado com muita múscia, dançadas através dos gestos. “Que o surdo esteja incluído e que o jovem ouvinte esteja misturado ao surdo”. Afirma o padre.
Ao todo, trabalham na Pequena Missão para Surdos, cinco seminaristas, quatro irmãs e outras três jovens que farão os votos religiosos. Uma equipe pronta para atender em média de 80 surdos por semana. “Nosso papel é evangelizar e formar o surdo com ética perante a sociedade. Aos sábados temos catequese: preparação para a Primeira Comunhão e também para o Crisma”, revela o padre Nirceu. Em seguida ao grupo, as mães chegaram para participar de uma missa , toda falada na linguagem dos sinais.
Fonte: JC Jornal da Comunidade. Arquidiocese de Londrina, junho/2011
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