Desenvolvimento da
Pessoa Surda

A relação entre o homem e o mundo acontece mediada pela linguagem, porque permite ao ser humano planejar suas ações, estruturar seu pensamento, registrar o que conhece e comunicar-se.
A língua é o principal meio de
desenvolvimento do processo cognitivo do pensamento humano. Por isso a presença
de uma língua é considerada fator indispensável ao desenvolvimento dos
processos mentais.
A disposição de um ambiente
lingüístico é necessária para que a pessoa possa sintetizar e recriar os
mecanismos da língua. É através da linguagem que a criança percebe o mundo e
constrói a sua própria concepção. Com bases na pesquisa realizada a Escola
Municipal Geraldo Caldani, percebemos que os surdos possuem desenvolvimento
cognitivo compatível de aprender como qualquer ouvinte, no entanto, os surdos
que não adquirem uma língua, têm dificuldade de perceber as relações e o
contexto mais amplo das atividades em que estão inseridos, assim o seu
desenvolvimento e aprendizagem ficam fragmentados.
Segundo Lúria (1986), os processos de
desenvolvimento da linguagem incluem o conjunto de interações entre a criança e
o ambiente tornando-se necessário desenvolver alternativas que possibilitem os
alunos com surdez adquirir linguagem aperfeiçoando esse potencial.
Quando uma criança surda tem acesso a
sua língua natural, ou seja, a língua de sinais, ela se desenvolve
integralmente, pois tem inteligência semelhante a dos ouvintes, diferindo
apenas na forma como aprendem que é visual e não oral-auditiva. No entanto, a
maioria das crianças surdas vêm de famílias ouvintes que não dominam a língua
de sinais, e por isso, é essencial a imersão escolar na primeira língua das
crianças surdas, já que essa aquisição da linguagem permitem o desenvolvimento
das funções cognitivas.
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